Alguns fatos que vêm acontecendo comigo nos últimos tempos têm me levado a pensar sobre como costumamos criar barreiras para assuntos que acreditamos ser complicados ou grandes problemas. Erguemos estes muros no nosso sub-consciente e criamos um medo muito grande de transpô-los ou até mesmo dar uma simples espiadinha por cima.
Medo, incerteza e insegurança são alguns dos sentimentos que fortalecem estas barreiras que erguemos ao nosso redor. Certas vezes conseguimos derrubar algumas destas barreiras e, em alguns casos, não percebemos tal feito, muitas vezes porque eram coisas tão simples ou com mínima importância, que, depois de transposto o bostáculo, esquecemos que aquela muralha um dia existiu. Talvez nossa consciência apague instantâneamente aquela lembrança ou algo assim.
Este meu raciocínio me faz lembrar de um texto que li a algum tempo sobre dogmas. Aquele texto foi muito esclarecedor para mim, pois me fez entender e compreender o real significado desta palavra.
Sendo assim, o que são estes muros?
Claro! são dogmas. Entendo que existam alguns tipos de dogmas. Aqueles que nos são impostos pela sociedade, família, amigos.. ou seja, pelos outros. E aqueles criados por nós mesmos.
Como superar estes dogmas ou como tirá-los da minha vida?
Creio que uma pessoa sem nenhum dogma não exista. De certa forma, estes dogmas podem ser vistos, em alguns casos, como nossas regras éticas. Independende de qualquer um, sempre irão existir "regras" na sua consciência e por mais que tente ignorá-las, sempre irá acabar encontrando alguma intransponível.
Mas podemos superar os dogmas, podemos derrubar alguns muros para aumentar nosso campo de visão e assim evoluir e crescer. Quando estamos aprendendo a andar de biscicleta, temos um grande medo de cair e nos machucar, depois que conseguimos pegar o jeito, este medo se vai quase por completo, ou dá lugar a um novo.
Sempre que derrubamos um dogma, outro surge, é um ciclo infinito que, acho eu, não temos como escapar. Claro, podemos ficar sentados, observando e aceitando os dogmas que temos hoje e não questioná-los, simplesmente deixar que existam. Eles irão sempre existir e nunca serão superados, muito menos substituídos por novos.
Prefiro ter estes muros dentro de mim e dizer que nunca são os mesmos, do que ficar estagnado psico e intelectualmente, tentando acreditar que a erosão e a natureza irão fazer com que estes muros se desgastem e caiam por conta própria.
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